Eu desabafava, falava sobre minha percepção de mundo e em como amadurecer era um processo um tanto complexo para mim. Com uma visão um pouco diferente, o direcionamento dos textos agora serão de experiências pontuais e temais mais específicos, pois penso que experiências podem ocorrer de forma semelhante com outras pessoas, então porque não compartilhar a minha e de alguma maneira mostrar para o outro que ele não está só.
Psi Carol Coelli
As vezes a gente só precisa de um lugar para uma boa conversa e reflexões pertinentes.
Sacudindo a poeira: recomeços, autocuidado e escuta de si
Eu desabafava, falava sobre minha percepção de mundo e em como amadurecer era um processo um tanto complexo para mim. Com uma visão um pouco diferente, o direcionamento dos textos agora serão de experiências pontuais e temais mais específicos, pois penso que experiências podem ocorrer de forma semelhante com outras pessoas, então porque não compartilhar a minha e de alguma maneira mostrar para o outro que ele não está só.
Nº IV - Entre Sessões e Silêncios: Entre uma Neosa e uma verdade difícil
Sobrecarga foi o tema conversado, e as consequências disso. Seria de trabalho? De decisões tomadas? De tentativas constante de manter tudo sob controle? Ou até de todas as opções anteriores.
E ela decidiu: vai agarrá-las pelas barbas.
Velho ou jovem com experiência? Uma reflexão sobre envelhecimento, cobrança e identidade
Velho ou jovem com experiência?
Ontem, durante o atendimento de uma desenvolvida, conversamos sobre chegar aos 30 anos. Para alguns, isso representa um marco de maturidade. Para outros, um fardo silencioso.
Um simples par de números que muda anualmente, mas que traz consigo tantas descobertas — e receios.
🪞 A imagem da idade: o velho como ultrapassado
No meio da conversa, surgiram frases como “estou ficando velha”, acompanhadas de ideias sobre pintar os cabelos ou fazer botox. Isso me fez refletir: como entendemos e lidamos com o envelhecer?
Por muito tempo, fomos ensinados que “envelhecer” é sinônimo de atraso, de decadência. Que manter-se jovem é estar atualizado, moderno. Misturamos imagem com idade. E esquecemos da maturidade, do conhecimento, da profundidade.
👥 Experiência não tem idade
Se olharmos com calma, vemos jovens com pensamentos engessados e idosos com ideias surpreendentemente novas. Muitas empresas mundialmente conhecidas surgiram após os 40 — McDonald’s, Nestlé, Coca-Cola, IBM…
O desenvolvimento da mente não tem prazo de validade. E o pensamento fresco pode vir em qualquer fase da vida.
⏳ As armadilhas dos marcos de idade
A cada década, novas pressões:
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Aos 10, precisamos “deixar de ser criança”.
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Aos 20, ter uma carreira em curso.
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Aos 30, um trabalho estável e uma família.
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Aos 40, maturidade.
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Aos 50, sabedoria.
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Aos 60, razão.
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Aos 70+, viramos referência de “iluminados” — quase como um Buda da vida real.
É como se cada número trouxesse um novo pacote de exigências — sociais e internas.
🧠 Será medo da idade… ou medo das cobranças?
Talvez o medo de envelhecer não esteja na idade em si, mas na pressão de não alcançar o que esperam de nós. E isso é exaustivo.
Ressignificar as limitações, aceitar o tempo e acolher as mudanças exige coragem — especialmente para quem ainda mantém sua “Gabriela interior” forte: “eu nasci assim, eu cresci assim...”
🌿 Envelhecer pode ser libertador
Envelhecer não é apenas sobre o corpo. É sobre tempo interno.
É sobre olhar pra dentro e ver tudo o que já mudou — com orgulho e leveza.
Observar nossas conquistas, acolher nossos erros, rir de algumas fases e se permitir viver outras. Isso também é autocuidado.
Te vejo na terapia.
Às vezes precisamos mudar de ideia: reflexão sobre amadurecimento e autocompaixão
Coragem para mudar: enfrentando o medo e ressignificando bloqueios
Nesse fim de semana, participei de um evento sobre empreendedorismo feminino. Durante uma atividade simples — encher um balão pensando no que mais me trava — algo começou a se movimentar dentro de mim.
Como toda boa paciente com tempo de terapia (😅), eu sabia o que estava colocando ali. Desenhei, escrevi, nomeei meu problema. Mas... não estourava o balão.
Enquanto outras mulheres estouravam seus balões logo nas primeiras palestras — e eu vibrava junto — percebi que meu processo era outro. Precisei de mais tempo, mais escuta, mais conexão.
Entre uma fala e outra, veio à tona algo importante: a necessidade de manter a mente em desenvolvimento contínuo. De me colocar no mundo, em sociedade, mesmo com minhas dificuldades de socialização. Sair da zona de conforto, falar, aparecer, me posicionar.
Heráclito já dizia: “Panta Rei” — tudo flui. E ali, eu flui.
🔍 A frase que virou chave: coragem na motivação ou no desespero?
Durante a segunda palestra da tarde, às 15h40, ouvi uma pergunta que me atravessou:
“Você vai enfrentar isso no auge da motivação ou no auge do desespero?”
Aquilo me pegou em cheio. Eu sabia o que precisava fazer. Eu precisava ressignificar meu medo.
💭 Sim, eu também sinto medo
Medo de ser julgada. Medo de falhar. Medo de ser rejeitada.
E, como falamos na última sessão de terapia, às vezes o medo está ligado a pessoas e contextos que precisaram ficar para trás — ou que eu precisei passar a ver com outros olhos.
O medo, nesse caso, não desaparece. Mas ele pode ser olhado, entendido e reorganizado.
✨ Ressignificar é um ato de coragem emocional
Fazer o que precisa ser feito, mesmo que você não goste.
Na terapia, é possível identificar quais crenças limitantes se ativam, quais gatilhos surgem, quais tipos de obstáculos aparecem e como lidar com tudo isso.
Ressignificar algo exige coragem, maturidade e abertura de coração.
Aceitar que sentimos medo também é coragem.
Tudo bem se você ainda sente que não é a hora. Mas... vale a pena pensar sobre isso.
Te vejo na terapia!
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Altruísmo ou anulação? Reflexão sobre ajudar os outros sem se perder de si
Altruísmo e autoconhecimento: quando ajudar também é se perceber
No evento Empreendedora Imparável, que participei no dia 07/05, uma das palestrantes nos propôs uma tarefa diferente: perguntar a alguém (ou publicar nas redes sociais) quais três características vinham à mente quando pensavam em mim.
Confesso, foi desafiador. Bateu aquela ansiedade: e se vier algo negativo? Mas fui. Fiz. E me surpreendi!
🌟 Uma palavra em comum: altruísta
Entre as muitas respostas, teve uma que se repetiu em quase todas: altruísta.
Achei curioso. Fiquei feliz, confesso. E comecei a refletir mais profundamente sobre isso.
Altruísmo é um termo bonito, mas também muito mal compreendido. Então vim aqui conversar um pouco sobre ele — como conceito, mas principalmente como vivência.
🧠 O que é altruísmo, afinal?
Segundo Oliner (2002), o altruísmo é um comportamento voluntário voltado a ajudar outra pessoa, mesmo que isso envolva custo ou risco pessoal, sem esperar recompensas externas. É um comportamento pró-social, como afirmam Eisenberg e colaboradores (1989, 1999). Com o tempo — e terapia — entendi que ser altruísta não é se anular, mas sim agir com intenção, escuta e equilíbrio. E que a bondade, quando mal interpretada, pode ser vista como intromissão. Mas não é. É potência.
🤔 Mas... e quando a gente se machuca tentando ajudar?
Hoje em dia eu tenho mais cuidado. Observo se a pessoa realmente está aberta, se é o momento certo, se vale a pena. Mas nem sempre foi assim.
Antes de aprender a perguntar “você quer ajuda?”, eu ia logo agindo. E, como você pode imaginar, nem sempre fui bem recebida.
Fui podada. Fui mal interpretada. Fui chamada de exagerada.
Mas fui também amadurecendo. E entendi que ser boa não significa ser boba.
🧭 Quem é de verdade sempre aparece
Com o tempo, aprendi que existem pessoas que só sabem receber, sem oferecer troca. Gente que julga, que distorce, que tenta apagar o brilho do outro. Mas também aprendi a identificar essas relações — e me afastar com paz.
Costumo dizer que a vida, o universo e Deus nos mandam sinais.
Basta ter maturidade para enxergar. E coragem pra aceitar o que se vê.
(Esses dois últimos são sempre os mais difíceis, né? risos)
🌱 Ser altruísta com o outro… e com você mesma
Hoje eu também faço terapia. E digo isso com orgulho.
A mente precisa de cuidado como qualquer outra parte do nosso corpo.
A gente se preocupa com o coração quando come fritura, mas não se preocupa com o sono que não vem, com o cansaço emocional, com a exaustão invisível.
A terapia me ajuda a reorganizar. A ressignificar. A continuar sendo eu — inclusive nas partes que estou aprendendo a amar.
A arte de se adaptar: Como a Inteligência Emocional nos ajuda a lidar com o inesperado
Por que resistimos às mudanças?
Diante da incerteza, nossa mente nos leva a resistir e até resistir. Queremos segurança, previsibilidade, amparo, um terreno sólido sob os pés. Afinal, o desconhecido assusta. Mas a verdade é que a vida não se curva a nossas vontade e necessidade de controle. Quanto mais tentamos lutar contra o fluxo das mudanças, mais nos desgastamos. Aprender a fluir nas ondas das emoções pode trazer resultados mais duradouros e assertivos.
A inteligência emocional como chave da adaptação
Inteligência emocional não significa evitar emoções difíceis, mas saber interpretá-las e usá-las a nosso favor. Quando algo foge do nosso controle, podemos reagir com frustração e medo ou podemos enxergar a situação como uma oportunidade de aprendizado. Quando aprendemos que a rigidez leva à ruptura, enquanto a flexibilidade permite o crescimento, compreendemos sobre nosso processo de amadurecimento.
Cada mudança inesperada é um convite para olhar para dentro. Nos oferece a oportunidade de se questionar - O que essa situação tem a me ensinar? De que forma posso me reinventar sem perder minha essência? - Essas perguntas transformam desafios em possibilidades, permitindo que enxerguemos além do problema imediato.
Adaptar-se é evoluir
Adaptar-se não é ceder, não é desistir, é compreender que a rigidez quebra, mas a fluidez transforma. Assim como a água contorna obstáculos sem perder sua natureza, precisamos aprender a flexibilizar nossas certezas para não nos tornarmos prisioneiros delas.
No fim das contas, não é a vida que precisa se moldar a nós, mas nós que precisamos aprender a dançar ao ritmo dela. A capacidade de adaptação é a ponte entre o sofrimento e a evolução. E quanto mais cedo compreendermos isso, mais leves e resilientes nos tornamos.
Se adaptar às mudanças sem pirar: Dicas da TCC
A vida tá sempre mudando, e nem sempre essas mudanças vêm de forma tranquila. Se adaptar pode ser difícil e, muitas vezes, gera muita ansiedade. Mas dá pra aprender a lidar melhor com isso, acredite se quiser. Escolhi escrever hoje, sobre como a psicoterapia baseada na Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) pode te ajudar a encarar as mudanças sem tanto estresse. Mas primeiro...
O que é Adaptabilidade e Por que isso é importante?
Ser adaptável é basicamente conseguir lidar com novas situações, da melhor maneira dentro da sua possibilidade, sem sofrer tanto. Como o mundo tá sempre mudando, essa habilidade faz toda a diferença - que também tá junto com a resiliência mas aí é outro papo-. Se a gente tem dificuldade pra se adaptar, acabamos sentindo mais insegurança, estresse e ansiedade.
Ansiedade e Dificuldade de Mudança: Qual a Relação?
Sentir ansiedade quando algo muda é super normal. O problema é quando esse medo atrapalha sua vida. Alguns sinais de que a ansiedade tá pegando pesado:
Pensar no pior cenário sempre;
Medo de sair da zona de conforto;
Procrastinar mudanças importantes;
Ter sintomas físicos, como tensão muscular e insônia;
A boa notícia? A TCC tem ferramentas bem práticas pra te ajudar a reduzir a ansiedade e aumentar sua capacidade de adaptação.
Seguem as dicas:
A TCC mostra que nossos pensamentos influenciam como nos sentimos e agimos. Com algumas mudanças na forma de pensar, dá pra enfrentar as mudanças de um jeito mais tranquilo. Olha só:
1. Mudança de pensamento
A famosa reestruturação cognitiva te ajuda a transformar pensamentos negativos em algo mais realista. Por exemplo:
Pensamento inicial: "Não vou conseguir lidar com essa mudança."
Pensamento ajustado: "Vai ser um desafio, mas posso aprender a lidar."
2. Enfrente o Medo aos Poucos
Se esconder das mudanças só aumenta o medo. A ideia aqui é ir se expondo aos poucos, pra mostrar pro seu cérebro que você consegue lidar com isso.
3. Respira Fundo e Relaxa
Técnicas como mindfulness, relaxamento muscular progressivo e exercícios de respiração ajudam a manter a calma e a clareza para encarar as mudanças.
4. Planeje e Siga no seu ritmo
Quebrar grandes desafios em pequenas metas faz tudo parecer menos assustador. Cada pequena conquista te dá mais confiança pra seguir em frente.
5. Seja gentil com você mesmo
Mudanças não são fáceis e tá tudo bem não acertar de primeira. Se tratar com mais paciência e aceitação ajuda muito nesse processo. Quando perceber que está difícil abrace alguém por mais de 30 segundos, ou abrace um travesseiro pelo mesmo tempo e sinta o acolhimento.
Saber se adaptar é essencial pra ter uma vida mais leve, se a ansiedade tá te travando, buscar ajuda profissional pode ser um ótimo passo pra melhorar seu bem-estar.
Nº III - Entre Sessões e Silêncios: O Encontro com a Vulnerabilidade
Mais uma sessão de terapia, mais um questionamento que insiste em ecoar na mente, como se fosse um sussurro que nunca se cala. Uma conversa densa, tensa e profunda. Retrospectivas se desenrolaram como filmes antigos, ciclos finalmente foram entendidos e, assim, teve início o doloroso e libertador processo de encerrá-los. Quantas vezes esse cenário se repetiu? Quantas vezes a vida foi ressignificada, não apenas pelos aprendizados obtidos, mas pela coragem de mudar o modo de enxergá-la?