Ontem, realizando o atendimento de uma desenvolvida, veio na conversa sobre chegar aos 30 anos. Para alguns, um marco na vida, para outro um fardo negado. Um par de números que muda anualmente e que traz tantas descobertas e receios.
Em meios as falas, surgiu o ponto sobre fazer botox e pintar os cabelos brancos, e a frase típica - Estou ficando velha . Pontos assim me fazer refletir sobre como entendemos e lidamos com o envelhecimento. Há tempos nos foi internalizado que velho é sinônimo de ultrapassado, atrasado, que era motivo de vergonha, e se manter jovem era visto com uma pessoa moderna e atualizada. Misturou-se a ideia de imagem com idade, e se esqueceu da maturidade e do conhecimento.
Se observarmos bem, há muito jovens com mentalidades arcaicas e muito velhos com pensamentos inéditos. Muitas empresas que temos hoje, foram idealizadas por pessoas com mais de 40 anos - McDonald's, Nestlé, Coca-cola, IBM por exemplo -, e que maravilha temos exemplos assim. Exemplos de desenvolvimento contínuo de mentalidade.
Os marcos dezenais de nossas vidas - 10,20,30,40 anos - quase sempre vem acompanhados de cobranças sociais e autocobranças muitas vezes irreais. Com 10 anos, somos cobrados de não agirmos mais como crianças pois somos "grandinhos", com 20 já precisamos ter a vida profissional resolvida, com 30 precisamos tem um trabalho estável e família, com 40 precisamos ter aprendido sobre maturidade, com 50 precisamos ter sabedoria além de todas as coisas que "deveríamos" ter aprendido anteriormente, com 60 precisamos saber ter razão, com 70 a voz da experiência e para além dessa idade, nos cobram virtudes de alguém iluminado como Buda.
Talvez o medo de envelhecer esteja muito ligado ao medo das cobranças sociais, medo de não alcança-las e se tornar motivo de chacota. A aceitação e ressignificação das nova limitações como sinais que recebemos para refletir sobre elas, são processos difíceis para aqueles que preferem manter sua Gabriela interior viva e forte.
Envelhecer pode ser um processo extraordinário, se nos permitirmos vivencia-lo. Entender a si mesmo com o passar dos anos, observar nossas mudanças internas e externas, admirar nossas conquistas e perdoar nossas falhas, pode ser um processo libertador.
Pensando nisso, você acredita que está se tornando Velho ou se tornando um Jovem com Experiência?
Até a próxima conversa !
Te vejo na terapia.
Te vejo na terapia.
🌿📝😘
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