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A arte de se adaptar: Como a Inteligência Emocional nos ajuda a lidar com o inesperado

A vida não pede permissão para mudar e muito menos nos manda avisos. Ela se transforma exigindo que nos reinventemos a cada desafio. Planejamos, organizamos, traçamos rotas… e, de repente, tudo o que parecia certo fica fora de controle e trazendo o grande questionamento na mente - O que faço agora?-. Será que existe a possibilidade de lidar com essas mudanças sem perder o equilíbrio?

Por que resistimos às mudanças?

Diante da incerteza, nossa mente nos leva a resistir e até resistir. Queremos segurança, previsibilidade, amparo, um terreno sólido sob os pés. Afinal, o desconhecido assusta. Mas a verdade é que a vida não se curva a nossas vontade e necessidade de controle. Quanto mais tentamos lutar contra o fluxo das mudanças, mais nos desgastamos. Aprender a fluir nas ondas das emoções pode trazer resultados mais duradouros e assertivos.

A inteligência emocional como chave da adaptação

Inteligência emocional não significa evitar emoções difíceis, mas saber interpretá-las e usá-las a nosso favor. Quando algo foge do nosso controle, podemos reagir com frustração e medo ou podemos enxergar a situação como uma oportunidade de aprendizado. Quando aprendemos que a rigidez leva à ruptura, enquanto a flexibilidade permite o crescimento, compreendemos sobre nosso processo de amadurecimento.

Cada mudança inesperada é um convite para olhar para dentro. Nos oferece a oportunidade de se questionar - O que essa situação tem a me ensinar? De que forma posso me reinventar sem perder minha essência? - Essas perguntas transformam desafios em possibilidades, permitindo que enxerguemos além do problema imediato.

Adaptar-se é evoluir

Adaptar-se não é ceder, não é desistir, é compreender que a rigidez quebra, mas a fluidez transforma. Assim como a água contorna obstáculos sem perder sua natureza, precisamos aprender a flexibilizar nossas certezas para não nos tornarmos prisioneiros delas.

No fim das contas, não é a vida que precisa se moldar a nós, mas nós que precisamos aprender a dançar ao ritmo dela. A capacidade de adaptação é a ponte entre o sofrimento e a evolução. E quanto mais cedo compreendermos isso, mais leves e resilientes nos tornamos.


Até a próxima. Te vejo na terapia.


💋💋

Se adaptar às mudanças sem pirar: Dicas da TCC

A vida tá sempre mudando, e nem sempre essas mudanças vêm de forma tranquila. Se adaptar pode ser difícil e, muitas vezes, gera muita ansiedade. Mas dá pra aprender a lidar melhor com isso, acredite se quiser. Escolhi escrever hoje, sobre como a psicoterapia baseada na Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) pode te ajudar a encarar as mudanças sem tanto estresse. Mas primeiro...

O que é Adaptabilidade e Por que isso é importante?

Ser adaptável é basicamente conseguir lidar com novas situações, da melhor maneira dentro da sua possibilidade, sem sofrer tanto. Como o mundo tá sempre mudando, essa habilidade faz toda a diferença - que também tá junto com a resiliência mas aí é outro papo-. Se a gente tem dificuldade pra se adaptar, acabamos sentindo mais insegurança, estresse e ansiedade.

Ansiedade e Dificuldade de Mudança: Qual a Relação?

Sentir ansiedade quando algo muda é super normal. O problema é quando esse medo atrapalha sua vida. Alguns sinais de que a ansiedade tá pegando pesado:

  • Pensar no pior cenário sempre;

  • Medo de sair da zona de conforto;

  • Procrastinar mudanças importantes;

  • Ter sintomas físicos, como tensão muscular e insônia;

A boa notícia? A TCC tem ferramentas bem práticas pra te ajudar a reduzir a ansiedade e aumentar sua capacidade de adaptação.

Seguem as dicas:

A TCC mostra que nossos pensamentos influenciam como nos sentimos e agimos. Com algumas mudanças na forma de pensar, dá pra enfrentar as mudanças de um jeito mais tranquilo. Olha só:

1. Mudança de pensamento

A famosa reestruturação cognitiva te ajuda a transformar pensamentos negativos em algo mais realista. Por exemplo:

  • Pensamento inicial: "Não vou conseguir lidar com essa mudança."

  • Pensamento ajustado: "Vai ser um desafio, mas posso aprender a lidar."

2. Enfrente o Medo aos Poucos

Se esconder das mudanças só aumenta o medo. A ideia aqui é ir se expondo aos poucos, pra mostrar pro seu cérebro que você consegue lidar com isso.

3. Respira Fundo e Relaxa

Técnicas como mindfulness, relaxamento muscular progressivo e exercícios de respiração ajudam a manter a calma e a clareza para encarar as mudanças.

4. Planeje e Siga no seu ritmo

Quebrar grandes desafios em pequenas metas faz tudo parecer menos assustador. Cada pequena conquista te dá mais confiança pra seguir em frente.

5. Seja gentil com você mesmo

Mudanças não são fáceis e tá tudo bem não acertar de primeira. Se tratar com mais paciência e aceitação ajuda muito nesse processo. Quando perceber que está difícil abrace alguém por mais de 30 segundos, ou abrace um travesseiro pelo mesmo tempo e sinta o acolhimento.

Saber se adaptar é essencial pra ter uma vida mais leve, se a ansiedade tá te travando, buscar ajuda profissional pode ser um ótimo passo pra melhorar seu bem-estar.

Até a próxima. Te vejo na terapia.


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Entre Sessões e Silêncios: O Encontro com a Vulnerabilidade

Nº II

Mais uma sessão de terapia, mais um questionamento que insiste em ecoar na mente, como se fosse um sussurro que nunca se cala. Uma conversa densa, tensa e profunda. Retrospectivas se desenrolaram como filmes antigos, ciclos finalmente foram entendidos e, assim, teve início o doloroso e libertador processo de encerrá-los. Quantas vezes esse cenário se repetiu? Quantas vezes a vida foi ressignificada, não apenas pelos aprendizados obtidos, mas pela coragem de mudar o modo de enxergá-la?

E então veio o questionamento. Simples, quase discreto, mas carregado de uma verdade crua. Fez tanto sentido que começou a enxergá-lo em seus pacientes. Decidiu testá-lo, como quem planta uma semente e aguarda. Os resultados foram surpreendentes.

É na vulnerabilidade que encontramos nosso pertencimento.

Mas como lidar com essa vulnerabilidade? Um questionamento assim não é apenas um ponto de reflexão; é uma jornada. Às vezes, dolorosa, pois exige encarar aquilo que escondemos até de nós mesmos. E não é que seja nossa escuridão, como muitos acreditam. Talvez seja algo ainda mais delicado: a voz abafada de uma criança interior, que machucada, só quer ser acolhida. Essa criança pede o toque de um olhar gentil, um gesto de empatia, um beijo simbólico para sarar feridas que insistem em latejar.

O que nos torna pertencentes quando nos mostramos vulneráveis? E o que nos faz vulneráveis ao tentar pertencer? Essas perguntas carregam uma profundidade quase inquietante. Elas nos obrigam a enfrentar nossas facetas, aquelas que construímos para mascarar nossos medos de rejeição e julgamento. São perguntas que pedem um mergulho corajoso nas águas mais escuras de nosso ser.

Olhar para isso é como descer ao próprio poço. É um movimento silencioso, introspectivo e, muitas vezes, solitário. Apenas quem se aventura sabe como é reconhecer cada detalhe daquele espaço interno: as rachaduras nas paredes, os ecos que se confundem com nossa própria voz. E o mais impressionante é perceber que, mesmo lá, naquele fundo aparentemente inóspito, existe vida. Existe pertencimento.

Subir novamente não é apenas um ato de superação, mas de escolha consciente. É a decisão de acolher aquela parte frágil, de integrá-la, de mostrar-lhe que há beleza mesmo naquilo que julgamos imperfeito. É ensinar a si mesmo que a vida não é feita apenas de paisagens iluminadas, mas também dos pequenos instantes de sombra que nos convidam a descansar, refletir e crescer. E assim seguimos, rolando pelo caminho, não com pressa de chegar, mas com a leveza de quem aprende a apreciar a jornada.

Grata por ler !

💋💋 

Naquela quinta, ela tinha Terapia.

Nº II

A quinta-feira amanheceu nublada. Pela manhã, tempestades marcaram presença: algumas pessoas reclamavam por terem se molhado, enquanto outras agradeciam pela chuva. O trânsito estava mais lento, e, mesmo com o céu cinza, o calor nos lembrava que era apenas mais uma típica chuva de verão. À tarde, o sol apareceu, iluminando o dia com sua cor e luz, trazendo consigo um céu limpo e um azul vibrante. O clima renovou a energia das ruas: mais pessoas circulando, mais barulho, mais vida. Assim passou a quinta-feira, com suas Quintanices.

Naquela quinta, ela tinha terapia. Organizou seu dia, seguiu a rotina matinal, lavou roupas, reparou as demandas a serem faladas e decidiu levar um bolo para compartilhar na sessão. Ao chegar, seguiu o ritual de sempre: pegou um copo d’água, entregou o bolo, e, com tudo preparado, começou a conversa. Entre tantos pontos levantados, havia um que a inquietava há anos.

Refletiu profundamente sobre a origem daquela questão. Seria algo errado com ela ou do ambiente em que vivia, o que ela precisava aprender com aquilo. Difícil chegar em uma conclusão quando envolve algo antigo. E ainda sim, havia disponibilidade. Insistiu. Sentiu uma aperto no coração. E, finalmente, disse o que precisava. Mais do que isso, ouviu o que precisava. Foi como arrancar um curativo de uma ferida já cicatrizada, mas que ainda era tratada como aberta e grave.

Se sentiu aliviada, com a sensação de que uma janela havia sido fechada e uma nova porta se abriu — um novo caminho, um novo aprendizado. Foi difícil fechar a janela, ela que sempre foi um ponto de vista e um direcionamento, o apego era muito forte e o medo de abrir a porta maior ainda. Foi necessário fazer o que precisava ser feito, mesmo que ela não gostasse. E depois foi ela quem mais gostou dos resultados que vieram. 

Naquele dia, entendeu que o orgulho a fazia carregar responsabilidades e lutar batalhas que não eram suas. Compreendeu que, em algumas situações e com certas pessoas, o melhor é apenas aceitar. A mudança, afinal, não depende dela, mas exclusivamente do outro. Naquela quinta-feira, ela foi à terapia. Naquela quinta-feira, ela aprendeu sobre aceitação. Ela aprendeu mais um pouco sobre si.

Grata por ler !

💋💋 

Um mundo fora do virtual, o Nosedive disfarçado

Nos últimos dias, tomei a decisão de reduzir ainda mais o tempo nas redes sociais. Esse pequeno ajuste me permitiu redirecionar a atenção para as atividades cotidianas e os pequenos detalhes que as acompanham. Com o passar do tempo, percebi mudanças significativas: minha ansiedade se tornou mais consciente, a desatenção começou a diminuir e minha percepção dos fatos ao redor se tornou mais aguçada.

O Efeito das Redes Sociais em Adultos

Embora os impactos negativos do uso excessivo de telas em crianças sejam amplamente discutidos, pouco se fala sobre os efeitos das redes sociais na saúde mental dos adultos. O uso prolongado influencia a rotina, os relacionamentos e até mesmo a interação social, muitas vezes nos colocando em uma posição de isolamento.

Esse isolamento não é apenas físico, mas também emocional. Ele nos leva a buscar incessantemente atenção, pertencimento e afeto no pequeno quadrado luminoso que carrega uma oferta infinita de dopamina. Essa armadilha digital nos impede de vivenciar plenamente a vida real, afastando-nos de interações genuínas e nos deixando vulneráveis a sentimentos de solidão e ansiedade.



Como Diminuir o Tempo nas Redes Sociais

Reduzir o tempo nas redes sociais é um passo essencial para reconectar-se com o momento presente e preservar a saúde mental. Aqui estão algumas práticas simples que podem ajudar:

  1. Estabeleça limites de uso: Utilize aplicativos de controle de tempo ou configure horários específicos para acessar redes sociais, alguns possuem essa possibilidade dentro deles mesmos.
  2. Crie momentos offline: Invista em hobbies, atividades ao ar livre ou até mesmo em momentos de pausa sem dispositivos.
  3. Exercite a atenção plena: Práticas como meditação, respiração consciente e registro de gratidão podem ajudar a focar no agora.
  4. Cultive conexões reais: Dedique tempo de qualidade a conversas presenciais, encontros com amigos e atividades em família.

Os Benefícios de Estar no Momento Presente

A vida real oferece sensações e experiências que não podem ser replicadas digitalmente. Ao reduzir o tempo nas redes sociais, você pode:

  • Redescobrir habilidades e talentos.
  • Melhorar a percepção do ambiente ao seu redor.
  • Fortalecer relacionamentos e conexões humanas genuínas.

                                         

Embora falar sobre os benefícios do momento presente seja comum, é crucial discutir como podemos nos manter nele. Esse desafio envolve escolhas diárias que podem transformar não apenas nossa percepção, mas também a forma como vivemos.

Reconectar-se com a vida real não significa abandonar a tecnologia, mas aprender a equilibrá-la. Como o episódio “Nosedive” de Black Mirror alerta, precisamos evitar que nossas vidas sejam regidas pela necessidade de aprovação virtual e cultivar a riqueza das experiências. É um convite para vivenciar plenamente o presente, cultivar interações significativas e redescobrir o que nos faz verdadeiramente humanos.


Como você pode cultivar mais momentos presentes em sua rotina hoje?


Até a próxima. Te vejo na terapia.


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Raiva que te quero bem

O acolhimento e o reconhecimento da raiva são aspectos essenciais para a saúde emocional e mental. Vamos conversar um pouco sobre a importância de entender e lidar com a raiva de forma saudável, destacando os benefícios que essa prática pode trazer para o bem-estar geral.

Por que é importante acolher e reconhecer a raiva? A raiva é uma emoção natural e inevitável que todos experimentamos em algum momento na vida. No entanto, muitas pessoas tendem a reprimir ou ignorar essa emoção devido a preconceitos sociais, medo de confronto ou medo do julgamento. Isso pode levar a consequências negativas para a saúde mental, como estresse crônico, ansiedade e problemas nos relacionamentos. Ao acolher e reconhecer a raiva, permitimos a nós mesmos sentir e expressar essa emoção de maneira saudável, o que pode levar a uma melhor compreensão de nós mesmos e dos outros.

Benefícios do acolhimento da raiva:

  1. Autoconhecimento: Reconhecer a raiva pode oferecer insights valiosos sobre nossos sentimentos, necessidades e limites pessoais, nos ajudando a desenvolver uma maior consciência emocional e a tomar decisões mais conscientes em nossas vidas.
  2. Redução do estresse: Suprimir a raiva pode levar ao acúmulo de estresse e tensão emocional. Ao permitir-se sentir e expressar a raiva de maneira saudável, podemos liberar essa energia negativa e reduzir os níveis de estresse em nosso corpo e mente.
  3. Melhoria dos relacionamentos: A raiva reprimida pode causar ressentimento e conflito nos relacionamentos. Ao comunicar nossas preocupações e limites de maneira assertiva, podemos promover uma comunicação mais aberta e construtiva com os outros, fortalecendo os laços interpessoais.
  4. Empoderamento pessoal: Lidar com a raiva de forma construtiva nos dá um senso de controle sobre nossas emoções e comportamentos. Isso nos permite enfrentar desafios de maneira mais eficaz e tomar medidas para proteger nosso bem-estar emocional e saúde mental.
  5. Crescimento emocional: Enfrentar e superar a raiva pode ser uma oportunidade para o crescimento pessoal e o desenvolvimento emocional, pois ao aprender a lidar com a raiva de maneira saudável, podemos fortalecer nossa resiliência emocional e cultivar relacionamentos mais gratificantes e satisfatórios.


Como praticar o acolhimento da raiva:

  • Reconheça e valide seus sentimentos de raiva, sem julgamento.
  • Encontre maneiras saudáveis de expressar a raiva, como conversar com um amigo de confiança, praticar exercícios físicos ou escrever em um diário.
  • Desenvolva habilidades de comunicação assertiva para expressar suas preocupações e limites de maneira clara e respeitosa.
  • Pratique a auto-compaixão e o perdão, tanto para si mesmo quanto para os outros, como parte do processo de acolhimento da raiva.


Acolher e reconhecer a raiva pode ser difícil em muitos momentos - E tudo bem ! - isso também é uma parte essencial do autocuidado e da saúde emocional. Ao permitir-se sentir e expressar essa emoção de maneira saudável, você pode experimentar uma maior autoconsciência, redução do estresse e melhoria nos relacionamentos. Lembre-se de que é normal sentir raiva e que aprender a lidar com essa emoção pode trazer benefícios significativos para sua saúde mental e bem-estar geral.

Nem sempre é fácil, e muito menos simples, mas jamais será impossível.

Até a próxima. Te vejo na terapia.


💋💋

Uma crônica de Segunda

Nº I


É segunda feira a tarde, estava quente como de costume. Resolvi conhecer uma cafeteria nova que abriu na cidade. Uma decoração moderna, com pontos literários como referência e um aroma típico de café.
Estava vazia, somente eu e os funcionários do local, pedi um chocolate quente e um pão na chapa - sou uma mineira pela metade, não tomo café -. Na prateleira estavam livros e dentre eles todos os contos e crônicas de Clarice Lispector, além de outras, mas essas em questão me chamaram a atenção. 

Pedi ao balconista se eu podia ler enquanto comia e apreciava minha bebida, ele me permitiu e escolhi os contos de Clarice. O triunfo - era o título do conto que escolhi ler -, pra falar a verdade era o primeiro do livro e fiquei com ele mesmo. Era mais um conto sobre um casal que já não se suportava mais, com excesso de dependência emocional e como a protagonista lidou com o fim. - Interessante- Pensei quando terminei de ler. A escrita de Clarice, na minha opinião, sempre traz algum gatilho que no leva a pensar sobre alguma situação que passamos ou estamos passando.

Quando terminei a leitura, parei. Respirei fundo. Senti uma tranquilidade mental e uma disposição emocional considerável. Pensei em quantas vezes deixei de fazer algo do tipo, jogando a culpa na maternidade, nas tarefas de casa, no casamento, em qualquer coisa que viesse na mente. Sei lá porque... Medo? Preguiça? Insegurança? A ideia de que não mereço? Vai saber. Quantas vezes deixei de conectar comigo mesma e admirar. De passar um tempo de qualidade, que para mim é algo muito importante. 

Ouvi a conversa dos funcionários, estavam usando técnicas com os tipos de café e analisando os resultados. Os aromas que vinham e sabores. Foi divertido observar esse movimento humanos. Descobertas de sensações. Me fez me conectar comigo mesma, sacodir a poeira que se acumulou, olhar para o que surge e começar de novo. Logo pensei - Eu precisava disso! -.



Uma amostra de uma ideia em construção. 

Grata por ler !

💋💋 

A Empatia como Parte do Desenvolvimento Cognitivo: Cultivando a Habilidade de Compreender o Outro

O desenvolvimento cognitivo de uma criança é uma jornada fascinante e complexa, moldando a maneira como elas pensam, resolvem problemas e interagem com o mundo ao seu redor. Dentro desse processo de crescimento, a empatia aparece como uma habilidade fundamental que desempenha um importante papel na formação de relacionamentos saudáveis e na construção de uma sociedade mais compassiva e inclusiva.

O que é Empatia?

Empatia é a capacidade de compreender e compartilhar os sentimentos e perspectivas emocionais de outra pessoa. Um pouco diferente da simpatia, que envolve apenas sentir pena ou compaixão pelas emoções de alguém. A empatia permite que as crianças se coloquem no lugar dos outros, entendendo como eles se sentem e respondendo de maneira apropriada.



Desenvolvimento Cognitivo e Empatia

A empatia não é inata, ela se desenvolve ao longo do tempo e está interligada com o crescimento cognitivo da criança. À medida que as habilidades cognitivas se expandem, a criança se torna mais capaz de entender as complexidades das emoções humanas. Vejam como a empatia vai se desenvolvendo e aparecendo durante o desenvolvimento cognitivo:

  • Por volta dos 4 anos, as crianças começam a desenvolver a chamada "teoria da mente" — a capacidade de compreender que outras pessoas têm pensamentos, sentimentos e crenças diferentes dos seus. Isso é essencial para a empatia, pois permite que a criança perceba que os outros podem ter perspectivas diferentes e emoções únicas.

  • O desenvolvimento da linguagem desempenha um papel crucial na expressão e compreensão das emoções. À medida que as crianças adquirem vocabulário emocional e aprendem a nomear seus próprios sentimentos, tornam-se mais capazes de se conectar emocionalmente com os outros.
  • A empatia também é influenciada pelas experiências pessoais da criança. Elas aprendem a se relacionar com os outros com base nas relações que têm em casa, na escola e na comunidade. Modelos de empatia em suas vidas têm um impacto significativo.

Benefícios da Empatia no Desenvolvimento Cognitivo

Cultivar e estimular o desenvolvimento da empatia nas crianças desde cedo traz uma série de benefícios para o seu desenvolvimento cognitivo e emocional. Olhem alguns dos benefícios que ela pode trazer:
  • Melhor resolução de conflitos, ensinando crianças a entender e lidar com as emoções dos outros.
  • Habilidades de comunicação mais eficazes, permitindo que as crianças expressem suas próprias emoções de maneira saudável.
  • Habilidades sociais aprimoradas, ajudando-as a construir relacionamentos mais fortes.
  • Um senso de responsabilidade social, incentivando-as a agir de maneira ética e compassiva.
A empatia é mais do que apenas uma qualidade desejável, é uma parte essencial do desenvolvimento cognitivo de uma criança. Cultivar essa habilidade desde cedo não só molda indivíduos mais compassivos e compreensivos, mas também contribui para a criação de uma sociedade mais empática e inclusiva. Portanto, incentivar e nutrir a empatia nas crianças deve ser uma prioridade em nosso esforço coletivo para promover o crescimento saudável e o bem-estar social.

Já praticou e ensinou sobre ter empatia hoje? 


Até a próxima. Te vejo na terapia.


💋💋 

A Importância do Diálogo nos Relacionamentos: Fortalecendo Vínculos

No universo dos relacionamentos, o diálogo é uma ferramenta fundamental para manter a harmonia e a conexão entre as pessoas. Seja em relacionamentos amorosos, familiares, amizades ou no ambiente de trabalho, a comunicação eficaz desempenha um papel crucial. Podemos desde resolver qualquer situação e manter a harmonia desde criar um sentimento desagradável e um clima ruim por dias.

Quem nunca passou por uma situação que poderia ser evitada com uma boa conversa, de coração aberto, que atire a primeira pedra ! Mesmo que enfrentemos uma situação onde iremos nos deparar com pensamentos inflexível, utilizando a pausa positiva e nosso favor conseguimos sanar muitos mal entendidos.


O diálogo permite que as pessoas expressem seus pensamentos, sentimentos e necessidades. Quando ouvimos para entender o ponto de vista do outro evitamos muitos mal entendidos, pois damos espaço ao outro para falar e para depois tirarmos nossas conclusões, demonstramos empatia e respeito. Além de essa troca de informações ajuda a resolver conflitos e melhorar a confiança entre quem convivemos.

A confiança é o alicerce de qualquer relacionamento saudável, independente de qual seja. O diálogo constante cria um espaço onde as pessoas se sentem à vontade para serem autênticas e honestas. A honestidade fortalece a confiança mútua, tornando o relacionamento mais sólido e duradouro.

Os desafios sempre existirão em qualquer relacionamento. No entanto, o diálogo abre portas para a resolução de problemas de maneira construtiva. Quando as partes envolvidas discutem abertamente suas preocupações e buscam soluções juntas, os obstáculos se tornam oportunidades para crescimento e aprendizado.

O diálogo não se limita apenas a questões práticas, também é uma forma poderosa de compartilhar emoções. Expressar amor, carinho e apreço verbalmente reforça os laços emocionais e faz com que as pessoas se sintam valorizadas e amadas. A falta dele pode levar a interpretações errôneas e suposições equivocadas.


O ato de dialogar é a pedra angular de relacionamentos saudáveis e bem-sucedidos. Investir tempo e esforço na comunicação eficaz fortalece os laços interpessoais, promove a compreensão mútua e constrói relacionamentos mais profundos e satisfatórios. Portanto, não subestime o poder das palavras e do diálogo em sua jornada de conexão e crescimento com os outros.

Até a próxima. Te vejo na terapia.


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O que aprendi assistindo Fadas da Limpeza na Netflix

Um dos meus hobbies favoritos é assistir a Doramas Coreanos, adoro os dramatizações e a trilha sonora que parece se encaixar perfeitamente. Acredito que tenha vindo pela minha paixão por animes, quem sabe escrevo sobre isso no futuro e sobre alguns que já assisti. E migrei para os doramas e dei uma pausa nos animes, até porque também tenho outras atividades que preciso realizar e me impossibilitam de assistir mais episódios seguidos. 

Como muitas coisas na vida, gosto é algo que não se discute e devemos respeitar as escolhas de cada um. Dos vários que assisti há alguns favoritos, pelo roteiro principalmente a lição que ele passa, seguido da trilha sonora que encaixa perfeitamente. Hoje vim falar sobre o Fadas da Limpeza. E não contém spoilers, animem-se e assistam, depois me comentem o que acharam. 


Um drama romântico com situações polêmicas e beijos calorosos, traz várias lições importantes sobre paciência, persistência e dedicação. Gostei tanto da história que assisti várias vezes, e as vezes tenho a sensação de que Fadas da Limpeza me diz sobre o que eu preciso repensar e refletir. Vou contar sobre o que repensei e refleti depois de mais uma vez que assisti. 

Tolerância foi a virtude da vez, Oh-Sol passa muito bem essa lição junto com Dr. Choi. Tolerar é uma atitude que envolve muita maturidade de quem o faz, além da tolerância me fez pensar também sobre aceitação sem permitir que o próprio limite fosse ultrapassado e esquecer amor próprio. E era exatamente o que precisava ver por esses dias. 

Com uma situação pessoal, me deparei com essa situação, me vi intolerante e permitindo que as pessoas ultrapassassem meu limite e sentir que estava deixando de respeitar a mim mesma por isso. Logo - como esperado de uma boa Dominante - estava em posição defensiva e me deixando levar com a comunicação mais agressiva. E para colocar as ideias no lugar e fazer meu detox mental, decidi assistir mais um vez Fadas da Limpeza.


Oh-Sol em muitos momentos durante a trama, tinha a opção de agir na defensiva mas optou em se conter para não ter nenhuma atitude que possa se arrepender depois. Usou muito da sabedoria e pensar muito antes de agir. Mas dessa vez, além da Oh-Sol, Dr. Choi me fez pensar muito com sua postura frente a situação em que se deparou, aceitar que uma situação quando percebeu que não teria mais solução. E precisei fazer isso, aceitar. 

Nem sempre é fácil aceitar uma situação, principalmente que nos sentimos invadidos e injustiçados de alguma maneira. E Fadas da Limpeza me fez refletir isso, que preciso aceitar e ter maturidade para lidar, não digo que fico feliz e satisfeita com isso - Logo que não - mas está me ajudando a lidar com os sentimentos desagradáveis que surgem e pensar com um pouco mais de empatia. 


Para mim foi uma lição preciosa sobre como a persistência pode trazer bons resultados quando usamos ela para algo positivo, nos dá energia para mantermos a disciplina e suportarmos as dificuldades que aparecem. Quando pensamos nisso com um pouco de afeto, empatia e amor, conseguimos nos abrir e ver a vida com um pouco mais de alegria, mesmo que seja em momentos de cuidado como a limpeza de casa. 

Devemos colocar pequenas pitadas de felicidade em nosso dia a dia, seja conversar com um amigo ou amiga querida(o), seja colocando uma música que gosta quando for lavar a louça ou tomar um banho. Ver as adversidades como oportunidades de aprender e entender que nem sempre tudo acontece como e quando queremos, mas acontece na hora que precisamos. Para quem gosta desse estilo de série, vale o tempo, me tirou bons pulinhos do sofá e expressões de surpresa!


Até a próxima. Te vejo na terapia.


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Inflexibilidade e a Pausa Positiva

Quem nunca em algum momento da vida se percebeu agindo com Inflexibilidade quanto a mudança de opinião ou de hábito ou o que quer que seja. Quando algo envolve algum valor pessoal a sensação que temos que fica ainda mais sofrido alterar as formas que vemos e pensamos. E penso ainda mais que, quanto mais valor envolvido - seja sobre honestidade, sinceridade e afins -, mais difícil de explicar fica e fica mais difícil manter o controle emocional. 


Há um ditado Árabe que diz - A beleza que você vê nas coisas, é o reflexo da beleza que existe dentro de você -, e fazendo uma analogia a ele, a forma que vemos o mundo é a forma que vemos nós mesmo. Muitos dos pensamentos que surgem com a Inflexibilidade, podem estar diretamente ligados a como fomos ensinados sobre cometer erros. Com a necessidade de tudo ser perfeito ou seguir uma linha lógica de ações bem direcionados e calculados, agimos de maneira Inflexível.

Situações assim gosto de sugerir a Pausa Positiva, essa ferramenta é importante para evitar maiores conflitos e discussões onde o resultado quase sempre é negativo. Com o objetivo de direcionar o foco na solução e não no problema, além de dar um tempo para abaixar os ânimos e pensarmos antes de tomar qualquer atitude. 


Utilizo muito a Pausa Positiva em situações em que estou mais cansada e reativa, costumo sair do local onde é o foco, ou costumo falar que preciso de um tempo em silêncio para elaborar a situação para pensar em soluções e sanar a questão que for. Pois fazendo isso, evito tomas alguma atitude com raiva ou falar algo que vá me trazer consequências no futuro. 

A inflexibilidade, pode se enquadrar em um Esquema de inflexibilidade que foi construído na nossa infância e sustentado com nosso dia a dia, e muitas vezes está atrelado a outros esquemas de pensamento e crenças. E perceber isso pode ser um pouco difícil se feito sem o auxílio da psicoterapia, olhar para si e refletir sobre isso pode ser uma aventura desafiadora mas esclarecedora. 


Decidi escrever sobre isso pois vivenciei uma situação em que precisei lidar com a Inflexibilidade em mim. Hoje sou mais consciente do meu padrão inflexível e dificuldade em lidar com ele em alguns momentos, compreendo que ele faz parte de mim, para muitas coisas ele me trouxe excelentes resultados, por eu sempre presar e agir com excelência em tudo que faço para ter o mínimo de erros. Entendo que posso ser muito exigente com as pessoas a minha volta por isso, mas percebo quando estou me deixando levar demais, paro, respiro e começo de novo. 

Consciente disso, percebo a dificuldade que é conviver com a Inflexibilidade, tanto por parte de quem age assim, quanto em precisar lidar com alguém assim. A Pausa Positiva me ajuda muito, principalmente pelo fato de que quando eu preciso de mudar uma atitude ou tarefa que sei que terá um resultado negativo para mim. A maturidade em saber que é preciso fazer o que precisa ser feito é construída ainda mais em momentos assim. 

Já passou por alguma situação onde precisou lidar com sua Inflexibilidade?

Até a próxima. Te vejo na terapia.


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Quando chega os 30 anos

Comemorar aniversários é um hábito tão íntimo quanto escolher o tipo de perfume vamos usar, é um hábito que diz exclusivamente de quem o faz, como o uso do perfume, alguns gostam muito e fazem questão de ter vários de todas as maneiras, outros gostam mas preferem algo mais sutil e outros já não usam. Com celebrações de aniversário é semelhante, alguns celebram por dias com tudo que tem direito, outros celebram mais reservados e outro não gostam. 

Que bom que há essas possibilidades, se não houvessem elas acredito que as diversas visões sobre celebrações seriam em via única e algo igual, monótono e a imaginação não fluiria como merece. E como celebrações e perfumes vão mudando de acordo com nossa idade, nosso modo de ver as coisas também muda quando percebemos nosso processo de envelhecimento.


Sempre que pensamento em envelhecimento, logo vem a mente idosos, itens antiquados, algo ultrapassado e inválido. Foi nos ensinado que envelhecer é algo negativo, que deve ser evitado e em muitas vezes visto como tabu ou deboche em conversas no meio de família. Ao invés de pensarmos na chegada da maturidade com olhares de oportunidade e passamos a dizer que estamos nos tornando jovens com experiência e desenvolvendo nossa mentalidade de forma constante.

Muitos de nós ao adquirirmos uma certa liberdade logo sonhamos com nossos momentos de independência. Pensamos no que teremos quando atingirmos uma certa idade, de nossas conquistas, como estaremos e várias outras coisas que nossa imaginação acredite ser possível. Devaneamos e refletimos, sonhando e pensando nas possibilidades. E quando chegamos no momento em que tanto pensamos, muitas vezes é completamente diferente do que esperávamos, as cobranças sociais são maiores que pensamos. 

Esses dias cheguei aos meus tão sonhados 30 anos, quantos planos construí e deram certo, quantos outros foram por água abaixo, quantas pessoas conheci, algumas permaneceram e outras não. Quantos erros cometidos, quantos acertos, quantas lições aprendi para chegar onde cheguei e o que conquistei. Quantas cobranças sociais enfrentei e ainda enfrento agora com a maternidade. Muito me veio a mente por esses dias e me fizeram pensar em como é diferente a forma de se enxergar a idade, o envelhecer para cada um. 

No dia do meu aniversário, no final do dia, parei e refleti sobre meus anos passados... Que avalanche de sentimento e pensamentos... Foi bom, em alguns momentos doloroso pensar, mas foi bom. Senti admiração e ainda mais compreensão comigo mesma. Que caminhada boa até aqui! Que aventura! Não vejo quando chegar nos 40 ! Que venham as cobranças sociais me exigindo um padrão cada vez mais impossível e eu ouse ser do jeito que eu quiser!


As cobranças sociais são as que mais pesam, mais nos deixam ansiosos e muitas vezes depressivos, podem vir de parentes dentro de casa até colegas de trabalho - se forma, arrume um emprego, se case, tenha filhos, não use essa roupa, não escute essa música -, sempre nos cobram ser quem não somos, nos exigem caber ao invés de pertencer. E tudo bem, é papel deles fazer isso, nós que precisamos nos adaptar. 

Há momentos em que precisaremos ceder, outros insistir, em outros precisaremos nos conter, em outros não e assim sempre acontecerá. Tudo bem não dar conta as vezes, você é um ser humano e não uma máquina exata. O que tiver que acontecer, irá acontecer no momento ideal, se ainda não conseguiu comprar aquela coisa que sempre sonhos, avalie suas atitudes para conseguir e tenha paciência. Veja se seus passos estão de acordo com seus sonhos e seus objetivos. Dá-lhe terapia para nos ajudar nisso!

Até a próxima. Te vejo na terapia.


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Oh Coração !

Esse é só mais uma aventura pelos mares das rimas e poesia. Texto escrito por mim em em 24/07/2012, e repostado hoje. Quantos anos, quantas experiências e quantas lembranças. Uma oportunidade maravilhosa de ver como amadureci com tudo isso. Fiquem com esse texto de lamento de um coração que estava sofrendo com um término de namoro de alguns anos e não estava sabendo lidar. 

"Oh Coração, porque insistes em sofrer por alguém que só lhe machucou... Você vives distraído com um outro amor, mas quando tens a oportunidade se tortura com as ofensas que lhe foram feitas e com as lembranças de momentos eternos que tiveram fim !

Oh Coração, porque me faz pensar de forma tão traiçoeira, que quando começas a se sentir bem, você surge com sua ferida ainda recente tentando fazer com que ela sangre e lhe faça sentir a dor novamente !

Imploro aos céus, que ajude esse coração ferido, que ainda tentar esquecer as mágoas mas insiste em revive-las !

Oh Coração, será que gostas de sentir tudo isso novamente? Minha mente vaga no tempo, buscando brechas entre as memórias que me atacam, para não pensar e não me recordar de um passado que não vale a pena.

Oh Coração, só peço a ti, me dê uma folga, desabafe quando for preciso, mas não faça torturas com minha mente. Tu podes aguentar esse sentimento, mas minha mente se definha sempre que você a ataca com suas lembranças perfeitas, de momentos sublimes de um amor que não deu certo, mas você insiste em manter, mesmo sabendo que já não é a mesma intensidade.

Razão que guia minha ações, me ajude a controlar esse coração desenfreado. Esse coração que quer se entregar novamente, mas insiste em manter nem que seja uma mera faísca de paixão por um amor que quase não existe mais. Razão, ajude esse coração a esquecer, ou a deixar de lembrar de momentos passados, ajude-o a se entregar como meu corpo almeja e minh'alma grita desesperada de desejo !

Oh Coração, por favor ! Lhe imploro que tenhas piedade de minh'alma desolada, que tenhas compaixão com minha mente e que seja voraz quando se entregar, para poder sentir o gosto da sublime sensação de pensar em si mesmo como um ser esplendido."

Sofrer de amor é a experiência mais enriquecedora que podemos ter, a capacidade de amar inúmeras vezes, de inúmeras formas é fantástico de se ver. Já sofreu de amor alguma vez na vida, me conta nos comentários!

Até a próxima. Te vejo na terapia.


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Tomaram minha filha do meu colo, e agora?

Muitas mães e pais já devem ter passado por isso, alguns nem perceberam as consequências desse ato ou ficaram com uma angústia no coração mas preferiram relevar devido ao contexto. Trouxe esse exemplo hoje para conversarmos um pouco sobre o desrespeito infantil. 

Em tempos que começamos a repensar sobre a influência do nosso comportamento e da mídia no crescimento de nossos filhos, é de grande importância refletirmos sobre onde começa o desrespeito infantil, muitas vezes observo que é algo cultural e muitas vezes visto como comum no dia a dia das crianças. E paro, observo e penso - Seria a aceitação para relacionamentos tóxicos uma consequência de uma educação desrespeitosa? -.


Desde bebês, já aprendemos sobre as regras sociais e posturas para com elas, tanto mulheres quanto homens sentem o peso do regimento social que envolve o gênero, a masculinidade tóxica e o ideal machista de como deve ser uma mulher, são exemplos que vivenciamos desde bebês, opressão e muitas vezes vergonha em expressar seus sentimentos, de ser o que é sem precisar mudar a si para caber em algum lugar, de ter a opinião desrespeitada por ser mais novo/menor e de precisarmos fazer coisas que não queremos por obrigação - como ir visitar aquele tio que vive zombando pois ele é da família - entre outras situações.

Muitos de nós quando mais novos, crianças e adolescentes, já vimos uma situação onde alguém esteja errado ou sendo injustiçado, e sentimos vontade de dar nossa opinião mas quando falamos escutamos o sonoro - Isso é assunto de família; Isso é assunto de adultos; Você não tem idade para saber de coisas assim -, são frases comuns que acontecem onde observamos o desrespeito infantil baseado em uma educação desrespeitosa.

Quanto paramos para ler sobre os Direitos das Crianças e Adolescentes em vários artigos, lemos itens banais como alimentação digna, higiene e boas condições de saúde, itens que muitos de nós vemos como uma obrigação mas se precisa ser escrito é porque não está sendo cumprido. Inclusive o respeito para com as crianças. Em muitos momentos estamos replicando uma educação desrespeitosa sem perceber pois foi feito conosco, entramos no automático e não nos atentamos a essas pequenas atitudes que desrespeitam.

Acho que já estou ficando polêmica em demasiado, ainda há muitos defensores de uma educação desrespeitosa e compreendo. Foram assim que foram educados, provavelmente sofreram o desrespeito infantil e assim que acreditam ser o correto. Porém discordo quando colocam a responsabilidade de aprender valores como caráter e honestidade para a criança aprender sozinha, sendo que aprendem muito mais pelo exemplo, e quando isso não acontece acusam o filho de diversos adjetivos desagradáveis. Há casos onde a pessoa tem o caráter duvidoso, como alguém com Transtorno de personalidade antisocial por exemplo, há um fatos patológico no meio.

E todas essas explicações e pensamentos não respondem a pergunta do título, tomaram minha filha do meu colo, e agora? Para responder isso vou usar uma frase apenas - Tenha bom senso! -, porque utilizei essa frase, pois precisamos observar quem é a pessoa, o contexto e como nossos filhos reagiram. Se observamos que a pessoa é querida e de confiança, o contexto é de brincadeira e a criança reagiu bem depois, ótimo ! Se qualquer uma dessas situações não esteja de acordo com sua visão de correto, observe, reflita e pontue com gentileza, tudo conversado e entendido, e desde cedo é necessário reforçar sobre a importância de respeitar a criança desde cedo.


Alguns podem pensar - Ah! mas aí vou deixar meu filho fazer tudo que ele quer? - Não! Respeitar uma criança é pensar das opiniões que ela tem sobre situações que dizem respeito a ela, há regras inegociáveis como tomar banho, escovar os dentes, comer de forma saudável, que são rotinas necessárias. Mas quando ela não quer cumprimentar ou dar um beijo alguém na rua, quando não quer conversar, quando não quer sair do colo da mãe e afins, situações onde diz respeito a ela. 

Esse tema gera boas reflexões e discussões na terapia, além de boas necessárias. O respeito que você tem para com uma criança hoje, diz respeito a como ela aceitará ser aceita no futuro, você gostaria de ser tratado da mesma forma que trata os outros?

Até a próxima. Te vejo na terapia.


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Ajudando seu Adolescente a lidar com a Ansiedade

Ansiedade é uma sensação que carregamos em nós, ela existe desde as origens do ser humano e tinha como objetivo nos prevenir de ataques de predadores, com nossa evolução não precisamos mais nos defender de Tigres de bengala, Cobras Gigantes e afins. Mas nosso cérebro as vezes se esquece disso e e funciona de maneira ansiosa trazendo prejuízos para quem tem dificuldade em lidar.

 A adolescência é um período de transição e crescimento, no qual os jovens enfrentam uma série de desafios e pressões, além de mudanças corporais contínuas. A ansiedade é um problema comum nessa fase da vida, podendo ser desencadeada por várias razões, como preocupações escolares, mudanças físicas e emocionais, pressão social e incertezas sobre o futuro. E como pais, muitas vezes ficamos sem saber como auxiliar nosso adolescente de maneira assertiva promovendo sua saúde mental e bem-estar, vamos conversar um pouco sobre isso.

 Há algumas atitudes que quando colocamos nosso valores e afeto nelas, ajudam e fortalecem o laços de afeto, proporcionando o acolhimento e sensação de segurança que precisam. É importante ressaltar que adolescentes são o espelho de nosso caráter e valores pessoais, então a segurança interna dos pais pode ser questionada e que ótimo! Nada melhor que um adolescente questionador para nos ajudar a amadurecer.

E pensando nessas atitudes, há também algumas técnicas que podem auxiliar nos momentos de crise e ansiedade. Vamos falar um pouco sobre elas:

  • Respiração profunda e consciente
A respiração profunda é uma técnica simples, mas eficaz, para reduzir a ansiedade. Aprenda, ensine e faça junto com o adolescente. Inspirar lentamente pelo nariz, segurar o ar por alguns segundos e, em seguida, expirar pela boca. Incentive-o a praticar essa técnica sempre que sentir a ansiedade aumentar, ajudando a acalmar a mente e o corpo.

  •  Prática de exercícios físicos

 A atividade física regular tem inúmeros benefícios para a saúde mental, incluindo a redução da ansiedade. Faça, incentive e estimule-o a encontrar uma atividade que goste, como caminhar, correr, dançar ou praticar um esporte. Exercícios liberam endorfinas, substâncias químicas que melhoram o humor e reduzem o estresse. 

  • Estabelecimento de rotinas saudáveis

 A ansiedade muitas vezes surge devido a sentimentos de desorganização e falta de controle. Incentive os adolescentes a estabelecerem rotinas saudáveis, com horários regulares de sono, alimentação balanceada e tempo dedicado a atividades prazerosas e relaxantes, como hobbies, leitura ou meditação.

  •  Expressão criativa

 A arte e a expressão criativa podem ser uma forma poderosa de liberar emoções e aliviar a ansiedade. Encoraje-o a experimentarem diferentes formas de expressão, como escrever em um diário, pintar, desenhar, tocar um instrumento musical ou participar de atividades teatrais. Essas atividades ajudam a canalizar a energia emocional de forma positiva.

  •  Técnicas de relaxamento

 Existem várias técnicas de relaxamento que podem ser ensinadas para ajudá-los a lidar com a ansiedade. Exemplos incluem a prática de meditação guiada, mindfulness, ioga e massagens. Essas técnicas auxiliam no relaxamento do corpo e da mente, reduzindo os sintomas da ansiedade.

  •  Estabelecimento de metas realistas

 Muitas vezes, a ansiedade surge quando os adolescentes se sentem sobrecarregados com expectativas irreais. Ajude-os a estabelecer metas realistas e dividir grandes tarefas em passos menores e mais alcançáveis. Isso pode ajudá-los a lidar com a pressão de maneira mais eficaz e a reduzir a ansiedade. Uma sugestão é a Matriz de Importância e uso de planner.



  •  Apoio social e conversas abertas

Criar um ambiente seguro, de confiança e acolhedor para que os adolescentes possam compartilhar seus sentimentos e preocupações é fundamental, quando não se sentem seguros e confiantes de seu ambiente e familiares podem se afastar do círculo familiar. Quando há essa cumplicidade, incentive-os a buscar apoio em familiares, amigos de confiança ou profissionais, como terapeutas ou conselheiros escolares. Ouvir ativamente e oferecer suporte emocional pode ser extremamente benéfico para reduzir a ansiedade. A terapia é importante também para os pais, para aprenderem a lidar com sua própria ansiedade e angústia, e poderem auxiliar os filhos e pessoas próximas.

  •  Limitação do uso de tecnologia

 O uso excessivo de tecnologia, como redes sociais e jogos eletrônicos, pode contribuir para o aumento da ansiedade não somente nos adolescentes mas em nós pais também. Estabeleça limites saudáveis para o uso dessas ferramentas, pratique e incentive-os a buscar atividades offline, como passar tempo ao ar livre, ler livros ou praticar hobbies, para promover o equilíbrio e reduzir o estresse.


A ansiedade é uma realidade comum entre os adolescentes e adultos, mas existem várias técnicas eficazes que podem ajudá-los a lidar com esse problema. Ao implementar essas sugestões, os adolescentes estarão melhor equipados para enfrentar os desafios do dia a dia e promover sua saúde mental e bem-estar geral. Lembre-se de que cada sujeito é único e possuí sua própria visão de mundo e de si, portanto, adapte as técnicas de acordo com as necessidades individuais e encoraje-os a buscar apoio profissional sempre que necessário.


Até a próxima. Te vejo na terapia.


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Pensando de outra maneira...


Várias mudanças e evoluções surgem no dia a dia, seja na tecnologia, na quebra de conceito social, na tendência de cores e estampas na moda, diversas pequenas mudanças que se pararmos para pensar dão uma diferença significativa. Uma que me chamou a atenção - principalmente depois que a maternidade veio - foi em como os filmes infantis mudaram sua temática, filmes com histórias e lições que resgatam valores e fazem nós pais refletirmos sobre os mesmos.

Dentre vários que foram lançados em cinema e streaming, os lançados de 2019 para cá, dos que assisti o que mais me chamou atenção foi Soul. Uma animação com uma trilha sonora gostosa e efeitos visuais contrastantes, traz um roteiro que nos faz pensar sobre nossa missão, no sentido de nossa vida.


Após assistir, fiquei com a sensação de que estava me perdendo na rotina e me esquecendo do verdadeiro sentido da vida para mim, ser grata e apreciar as pequenas coisas. Como ouvir uma boa música no fone, chegar em casa depois de um dia de trabalho e brincar com minha filha e seguir com a rotina de cuidados dela, sentir o cheiro que algo que eu esteja cozinhando, e várias pequenas coisas que deixam a lista enorme !

E não somente isso, mas estava deixando de apreciar minhas mudanças, pessoais e profissionais, todo meu processo de amadurecimento e reconhecimento.

Vamos pensar também em realidades diferentes, onde surgem alguns comentários do tipo- Ah! mas quando não tem filhos é fácil; Quando não é casado é de boa; Quando tem dinheiro sobrando até eu! -, porém, vamos refletir. Nossas crianças até uma certa idade, se sentem felizes brincando com tapinhas de garrafa, chaves, pedaços de papel e demais objetos julgados como comuns, e passam a exigir coisas, pois observam os pais exigindo e aprendem que a vida é assim. Sempre baseada no que temos e não no que somos.  Pois os próprios pais, imersos em suas rotinas, se esquecem de parar e olhar cada momento bom com suas família, e quem se tornaram nessa jornada.

E parando para refletir, hoje com minha filha, rotina e adversidades me vem o pensamento - A criança que eu fui sente orgulho do adulto que me tornei? -. 


E aí vejo essas mudanças sutis de influências nos filmes, com roteiros que - aos meus olhos - servem mais para os pais do que para os filhos. Soul traz uma cena, onde a pequena 22 aprecia algo tão rotineiro e simples, que no momento que captei o que estava sendo passado, me dei conta de que estava me esquecendo em sempre parar e perceber ao meu redor.

A Transitoriedade é inevitável e o Paradoxo da Dicotomia nos faz concluir que o caminho é o que importa, não impede que possamos ver e viver a vida como ela é.

Te vejo na terapia !
Até a próxima! 💋